25/05/2009 - 12h23
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PAULO TOLEDO PIZA -Colaboração para a Folha Online
Os dois homens que invadiram um micro-ônibus e mantiveram seis pessoas reféns na manhã desta segunda-feira na zona sul de São Paulo tentaram dirigir o veículo. A informação é da cobradora do coletivo, que conseguiu escapar ao ser abordada por eles.
Os passageiros do micro-ônibus foram obrigados a permanecer durante cerca de duas horas e meia --das 7h15 às 9h40-- no veículo. Eles foram liberados sem ferimentos.
Criminosos em fuga invadem micro-ônibus e mantêm passageiros reféns na zona sul de São Paulo; PMs negociaram com a dupla
Uma outra pessoa ficou ferida durante a ação. Relatos de pessoas que presenciaram o crime apontam que ele é um cobrador de um outro veículo. Baleado no ombro, o homem foi levado ao pronto-socorro da Santa Casa de Santo Amaro.
Reféns
Segundo relato da cobradora Marinalva Pereira dos Santos, 56, um dos dois homens entrou no micro-ônibus e queria que ela ligasse o motor. "Ele disse: tia, liga o carro. Eu respondi, não posso, sou a cobradora", afirmou.
Marinalva disse que após se identificar para um dos criminosos foi empurrada, caiu e aproveitou para sair do veículo e fugir.
Um dos dois invasores do coletivo chegou a se sentar no banco do motorista e tentou acionar o motor, sem sucesso. Eles então decidiram fechar a porta.
O condutor do micro-ônibus é o marido de Marinalva, Francisco, 62. Ele estava do lado de fora no momento que os criminosos tomaram o veículo pois ainda faltava sete minutos para ele dar início à segunda viagem do dia. No momento da invasão ele tomava um café num bar próximo de onde havia estacionado o veículo.
Ele disse trabalhar há cerca de 31 anos na função de motorista e que esta foi a segunda vez que ele foi assaltado. A primeira oportunidade foi em 2000, quando os criminosos que o roubaram conseguiram levar o veículo mas acabaram batendo.
Disparo
Os criminosos estavam em um carro roubado e entraram no micro-ônibus que fazia a linha 6047, Jardim Lídia-Santo Amaro, durante a fuga. Um terceiro suspeito foi preso.
Durante as negociações, uma gestante foi libertada. Em meio às conversas, s criminosos dispararam um tiro para o alto, que, segundo a polícia, não atingiu ninguém.
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